domingo, 3 de julho de 2011

Destreinamento


Saiba o que acontece quando bate aquela preguiça ou outras prioridades e resolvemos parar com os treinos.

Com o treinamento físico regular adquirimos adaptações orgânicas, quando paramos com a prática esportiva – destreinamento – ocasiona o processo de descondicionamento afetando o desempenho através da diminuição da capacidade fisiológica.
A interrupção com os treinos leva a perda parcial ou completa das adaptações anatômicas, fisiológicas e de desempenho induzidas pelo treinamento e variam quantitativa e qualitativamente dependendo do período de pausa.

Flexibilidade e Destreinamento:
Os exercícios que aumentam a flexibilidade contribuem para a redução das injurias músculo-esqueleticas, dores articulares e quedas, esta ultima principalmente entre indivíduos idosos. Parando com esse tipo de exercício e perdendo o componente de flexibilidade, pode interferir na mobilidade e capacidade funcional prejudicando as realizações das atividades diárias.

Força e Destreinamento
Segundo estudo de Hakkinen e Komi relata que, durante um período de oito semanas sem o estímulo do treinamento, o decréscimo na força em adultos é, inicialmente, devido a desadaptações neurais causadas pela inatividade.

A interrupção do treinamento num curto período de tempo pode promover pequena perda na força muscular e gerar quedas no nível de potencia. Com períodos mais prolongados de destreino essas quedas se mostram mais expressivas.
Capacidade cardiovascular e destreinamento
As adaptações cardiovasculares e músculo-esqueléticas adquiridas com o treinamento físico aeróbio (como a corrida) podem ser revertidos com a interrupção do treinamento devido ao reajuste dos sistemas corporais às alterações dos estímulos fisiológicos induzidos pelo mesmo. De acordo com a diminuição do estímulo, a “performance” em atividades aeróbias de longa duração tendem a diminuir, pois a capacidade do indivíduo em sustentar um exercício físico por um tempo mais prolongado com uma certa intensidade, também diminui (EVANGELISTA & BRUM, 1999).

Períodos curto ou longo de destreinamento apresentam respostas fisiológicas diferentes em ambos os gêneros e nas diferentes fases da vida, sendo que as quedas são mais aparentes em mulheres.
A velocidade da perda da força estará diretamente relacionada com o tempo do período de treinamento anterior ao destreinamento; o grupo muscular envolvido
(Músculos das pernas apresentam uma velocidade de perda menor que Músculos dos braços); a seleção dos exercícios; o volume e a intensidade do treinamento; lesões, acidentes ou intervenção cirúrgica.

Vamos ressaltar que com a volta aos treinos, o praticante recupera aquilo que perdeu com mais rapidez comparado ao individuo sedentário que vá iniciar o exercício físico. Mas não tente recuperar tudo aquilo que perdeu em um dia de treino, vá voltando gradativamente.

Referencias:

Waldeir Leite de Souza. Efeitos Fisiológicos do Destreinamento. Curso de Pós-
Graduação em Bases Biomédicas para a Prescrição de Exercícios na Faculdade Integradas Maria Thereza, Rio de Janeiro, 2004

Andrea Silveira da Fontoura, Patrícia Schneider e Flávia Meyer. O efeito do destreinamento de força muscular em meninos pré-púberes.
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 10, Nº 4 – Jul/Ago, 2004.

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